Evento foi realizado pelo Setor de Dança que reúne profissionais desta modalidade artística
O ritmo do samba contagiou os presentes logo no início do encontro
Estúdio de dança foi o palco do Sarau
Rappers demonstraram talento e ilustraram conceitos budistas
Corpos soltos no espaço desafiam a gravidade. Sobrevoos mais do que inquietantes impingem aos incautos, sensações imagéticas, inebriantes, impressionantes, impacientes... Inquietantes! É gente que não tem outro desejo senão o de se entregar a um mundo de sensações cada vez mais catárticas e surreais.
Pois essa é a emoção da dança. Quem assiste sente-se alçado a um outro patamar de existência. E quem dança não apenas sente, mas vivencia em sua totalidade, todo um universo paralelo, repleto de sonhos, aventura e magia*.
Foi numa tarde de domingo quente – embora seja outono – que os integrantes do Setor de Dança do Departamento de Artistas – Depart – escolheram para promover o seu primeiro Sarau Dançante, cujo tema foi A Chave para a Vitória. Cerca de 30 privilegiados compareceram e usufruíram, não somente da beleza e encantamento que a expressão artística proporciona, mas também do rico conteúdo filosófico humanista do Budismo de Nichiren Daishonin da Soka Gakkai.
O Sarau aconteceu no estúdio de dança e pilates do bailarino e integrante do Depart, Sandro Mattos. Todo o encontro foi pensado para formar nas mentes do público o conceito budista dos Dez Mundos.
O evento teve início com a apresentação do bailarino e passista Jonathan Santos. Uma performance de samba no pé que literalmente esquentou o espaço e deu o tom do que viria a seguir. Segundo o próprio, “a dança é um meio de transmitir os ideais do humanismo da Soka Gakkai”.
A pergunta que veio a seguir proferida pela apresentadora, remeteu todos a uma reflexão importante: Acordamos e vamos dormir. Somos a mesma pessoa que começou o dia?
As rappers Vanessa Neris e Gyovana Mello, em sua performance, convidou a plateia a participar e entoar versos da música. Um convite a um irresistível mergulho artístico e filosófico já que a canção buscou aproximar os ouvintes da proposta filosófica do encontro.
Camila Uehara, integrante do grupo, fez seu relato de vivência online, diretamente do Japão, via Skype. Contou que sua família é associada da BSGI há 50 anos e que sua vida na dança teve início aos 3 anos. Apaixonada pela arte, sonhava conhecer o mundo dançando. Dançar e, por meio dela, transmitir o ideal de paz, cultura e educação da Soka Gakkai. “Sonhem! Não importa qual seja o sonho, nada é impossível. Basta se basear na filosofia humanística do Budismo de Nichiren, orar com a determinação de mudar a si e a tudo ao seu redor e empenhar-se com esperança para a felicidade da humanidade!’, encerrou a jovem bailarina.
A performance seguinte levou os presentes ao Velho Mundo, pela força e beleza do Flamenco, protagonizada pela bailarina Tania Ferreira. O gestual enérgico e os acordes cativantes dessa dança enfatizou ainda mais a intensidade do momento.
Na sequência, Danilo Garcia e Mayara Rosa tomaram o espaço para o estudo da matéria escolhida para o encontro: Os princípios da transformação da vida, voltados para o artista Soka.
O poeta Edson Cruz, vice-coordenador do Depart-SP, foi orador seguinte. Ele parabenizou o setor pela iniciativa e enfatizou a importância de viver em consonância com a Teoria de Criação Valores Humanos do professor e fundador da Soka Gakkai, Tsunesaburo Makiguchi. A essência dessa teoria abarca o belo, o bem e o benefício. O belo se associa aos valores sensoriais ligado a tudo que nos transmite prazer e alegria; o benefício se refere aos valores pessoais ligados à existência individual; e o bem, ao valor social está ligado à existência grupal coletiva.
A performance final foi um impressionante número de dança contemporânea com o anfitrião Sandro Mattos e Clayton Alves Brasil, do Coletivo Towanda Danza (fragmento do espetáculo em construção, Os Oito Ventos, baseado no princípio budista de mesmo nome).
*fragmento do poema Dança, de Mônica Kimura
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