08 de June de 2022

Gratidão em doar

De como o ato de doar a si próprio transformou a vida da jovem Lilian Noda Maemura

Lilian (ao centro), com a mãe, Emiko e o marido André

No dia em que doou os cabelos, já livre da leucemia

Os cofrinhos atuais para os mais diferentes desafios

“Aprendi com meus pais a importância de doar-me com gratidão”, iniciou Lilian. Hoje aos 37 anos, a relações públicas e pós-graduanda está casada e profissionalmente estabilizada. Cursa duas pós-graduações ao mesmo tempo e conta que olha para trás e vê que nada foi em vão ou mera coincidência. Lilian enfrentou e venceu um câncer. Tem a plena certeza de que sua trajetória de vida e suas escolhas assertivas fizeram com que conquistasse tanto o sucesso profissional quanto a saúde após a leucemia.


Quando criança, Lilian via seus pais participando das atividades propostas pela BSGI com total dedicação, doando-se integralmente à causa de disseminar a mensagem humanística do budismo Nichiren a todos os que encontrassem. E sempre ouviu deles que dentre as atividades mais importantes, o kofu, ou a contribuição periódica era a mais importante e era, antes de qualquer coisa, um imenso privilégio. Desde o segundo presidente da Soka Gakkai Josei Toda somente os membros oficiais recebem permissão para contribuir.


Quando criança, eram seus pais que realizavam a doação em seu nome. “Quando fiz 16 anos decidi que iria passar a contribuir por meus próprios meios”, contou. Decidida, conseguiu um emprego e passou a realizar a doação financeira com seus próprios rendimentos. Assim seguiu até o momento em que precisou se dedicar integralmente ao cursinho. “Foi quando criei o hábito do cofrinho, que carrego até hoje!”, exclamou.


“Mas na Soka Gakkai, doação não é somente isso. É muito mais”, explicou Lilian. Quando jovem, atuou em muitos eventos, grandes-médios-pequenos, sempre com grande empenho, doando-se ao máximo. Na banda feminina em que participou desde a infância, Asa da Paz Kotekitai do Brasil, até boa parte de sua vida adulta, foi nomeada secretária do núcleo da banda da Grande São Paulo. “Eu vivia sem dinheiro, na época todo mundo tinha celular pré-pago, pouca gente tinha pós pago. Como eu era secretária, tinha que me comunicar com um monte de gente e vivia pedindo pra usar o celular de quem tinha pós pago ou na casa de quem tinha telefone fixo”, contou constrangida.


Em determinado momento Lilian percebeu que não podia continuar nessa condição e desafiou-se para obter um celular pós pago e honrar com a responsabilidade que tinha assumido. “E sabe o que mudou? Meu coração miserável. Entendi que para ser digno de merecimento, tem de fazer jus”, enfatizou. Dessa forma, de acordo com suas próprias palavras, ela libertou-se do universo de miséria que a assombrava e nunca mais teve que contar tostões.


O Universo recompensa


Durante o tempo em que foi funcionária da BSGI, muito antes de sequer supor que um dia ficaria gravemente doente, Lilian liderou vários grupos para doar sangue nos hospitais próximos à Sede Central, na rua Tamandaré, bairro da Liberdade. “Eu era a animada da doação!”, contou. Por incentivo e motivação dela, muitos colegas se tornaram doadores do precioso líquido vital.


Tempos depois, como se o Universo lhe retribuísse o empenho despretensioso e generoso, foi ela quem precisou de doação de sangue e medula. Desde aquele ato simples, hoje longínquo, de abrir mão de algumas coisas materiais para assinar um plano de celular pós pago para atender às necessidades das companheiras da banda, e toda a sua trajetória de doar-se generosa e despreendidamente como líder dos jovens da BSGI, culminou nesse momento crucial de sua vida.


“Eu sempre ganhei o necessário, sem excedentes, mas consegui fazer o dinheiro render”, contou. Nunca precisou fazer empréstimo na vida; pagou sua faculdade; foi ao Japão diversas vezes sem nunca ter de fazer dívida para isso; comprou seu carro à vista e o casamento dos sonhos também não resultou em dívida.


Um fato marcante de sua trajetória: Lilian sempre pensava que, se um dia recebesse uma grande quantia em dinheiro, compraria um local para os ensaios da banda. “A gente ensaiava em escolas públicas, muitas delas com banheiros sem porta, sem água. Era muito precário”, contou. Numa das viagens ao Japão, essa ocasião fora especial pois levaria representantes da banda do Brasil para intercâmbio com a banda japonesa. Lilian não tinha dinheiro para ir, mas queria ardentemente fazer parte desse grupo tão especial e corresponder com gratidão irrestrita a esse grupo. “Foi quando recebi a herança de minha avó materna que coube perfeitamente no valor da viagem e pude viajar ao Japão juntamente com minhas companheiras da Kotekitai”.


Em terras nipônicas, o desejo antigo de adquirir algo de valor para doar à banda do coração reascendeu. “Não tinha dinheiro para comprar um local para ensaios, mas decidi doar um bastão de regência para a banda: um bem material que se transforma em valor”, ressaltou.


Outra prova de que o Universo conspira a favor do bem: quando estava enfrentando a leucemia, devido a quimioterapia, perdeu sua linda e vasta cabeleira. Lilian recém deixara a função de líder nacional de todas as jovens mulheres budistas da BSGI, e enquanto esteve nesse cargo, dedicou-se com afinco e total devoção. Nem por um segundo imaginou que tal dedicação ressoaria na forma de um “bem material que cria valor”. Uma senhora de São José do Rio Preto, cabelereira de profissão, que a conheceu em 2012, ao saber da doença de Lilian fez uma peruca para ela com os cabelos doados por suas irmãs. Em retribuição ao Universo, em outubro de 2021, Lilian já curada e com todos os seus cachos de volta, decidiu doar suas madeixas.


Conforme enfatizou o presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda: “Quão nobre é a vida das pessoas que recitam e propagam a Lei Mística, a lei fundamental do grandioso universo! Os incontáveis budas que preenchem esse universo protegem solenemente cada pessoa como se as envolvessem com mantos. O buda Nichiren Daishonin nos garante que eles nos protegerão infalivelmente”, Lilian vem sendo alvo dessa proteção e segue trilhando o caminho do discípulo forte e indestrutível, que não teme a nada.

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