Um futuro livre de ameaças
Num claro clamor ao desejo de seu mentor, o professor Josei Toda, o líder da SGI, dr., Daisaku Ikeda em sua 42ª Proposta anual de Paz, enfatiza a necessidade de engajamento de todos os povos em prol de ações efetivas que coloquem fim à pobreza no mundo. O educador Toda empenhou sua vida a essa finalidade e Ikeda, seu discípulo direto, vem dedicando-se incansavelmente a honrar este desígnio de seu mentor. Intitulada Um compromisso comum para um futuro mais humano: eliminar a miséria da Terra (A Shared Pledge for a More Humane Future: To Eliminate Misery from the Earth), o texto saúda a ambiciosa escala dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (SDGs, sigla em inglês), propostos pelas Nações Unidas, que clamam à colocação de um fim à pobreza "em todas as suas formas, em todo lugar". No 70º ano desde a criação da ONU, ele apela a um retorno ao seu espírito fundador, bem como a uma maior colaboração entre a Organização e a sociedade civil.
Para estabelecer os pilares para a eliminação do sofrimento humano, causado pela pobreza e conflitos, ele destaca uma necessidade de reumanização da política e economia – baseada na solidariedade dos cidadãos comuns, para um fortalecimento que permita às pessoas superarem o sofrimento – e da ampliação da esfera de nossas amizades e interesse pelo próximo, como bases para edificação da paz.
Ikeda faz propostas específicas para proteção dos direitos das pessoas exiladas e outras vivendo fora de seu país de origem por motivos econômicos. Ele sugere a inclusão, nos SDGs, da proteção da dignidade e dos direitos humanos dessas pessoas e apela a uma cooperação regional rumo ao fortalecimento dos exilados, particularmente na região Ásia-Pacífico e no Oriente Médio, aproveitando iniciativas pioneiras na África Ocidental.
No que tange à abolição de armas nucleares o líder da SGI aplaude o fato de que, em outubro de 2014, um total de 155 países e territórios assinou a Declaração Conjunta sobre as Consequências Humanitárias das Armas Nucleares. Mais de 80% dos estados membros da ONU agora claramente afirmam que as armas nucleares jamais devem ser usadas, em nenhuma circunstância.
Ele enfatiza que, enquanto o abismo entre os estados com armas nucleares e aqueles apelando à sua abolição aparenta ser grande, há terreno comum quanto ao desejo de evitar o terrível resultado de qualquer uso este armamento. Ele insiste que chefes de estados compareçam à Conferência de Exame do Tratado de Não proliferação Nuclear (NPT) 2015 e pede que ali expressem os compromissos de seus governos para eliminar o perigo que as armas nucleares representam.
O planejamento de uma Cúpula Mundial da Juventude para a Abolição das Armas Nucleares, a ser realizada em setembro, em Hiroshima, está em curso como uma iniciativa conjunta da SGI e diversas ONGs afins. Ikeda espera que uma declaração da juventude, comprometendo-se a encerrar a era nuclear, seja adotada e dinamize o apoio a um tratado para proibir o uso destas armas.
Em sua proposta, Ikeda também apela a uma maior cooperação internacional e intercâmbio juvenil, especificamente exortando a China, Coréia do Sul e Japão para que se juntem e criem um modelo regional para tal colaboração.
Ele destaca a importância de reavivar as cúpulas trilaterais China-Coréia-Japão e espera que os líderes dos três países possam marcar o 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial com um compromisso de jamais ir à guerra novamente e do estabelecimento de uma cooperação regional para apoiar os SDGs.
Na terceira Conferência Mundial da ONU sobre Redução dos Riscos de Desastres, a ser realizada em março em Sendai, Japão, o dr. Ikeda menciona que a SGI organizará um workshop em que representantes dos três países discutirão possíveis cooperações regionais na prevenção de desastres, atividades de socorro e recuperação pós-desastre.
Ele também espera ver a criação de uma parceria juvenil China-Coréia-Japão, por meio da qual os jovens possam cooperar em esforços para realizar os SDGs e outras iniciativas trilaterais.
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