16 de April de 2021

Universidade Soka e a vivência acadêmica

Experiências únicas e preciosas voltadas à formação integral do educando atraem anualmente milhares de estudantes de todas as partes do mundo

A Universidade Soka, do Japão, é a que mais recebe estudantes estrangeiros

Melissa: futura engenheira

Pandemia trouxe novos desafios

Todos os anos centenas de estudantes estrangeiros são recebidos na Universidade Soka, localizada na cidade de Hachioji, no Estado de Tóquio, Japão. É a universidade mais cosmopolita daquele país, ou seja: a que mais atrai estudantes estrangeiros, e boa parte destes não tem qualquer vínculo com a Soka Gakkai. O que os leva à Universidade Soka é a curiosidade gerada naturalmente pelo revolucionário sistema educacional de criação de valores, criado pelo educador Tsunesaburo Makiguchi com base nos princípios filosóficos do budismo de Nichiren Daishonin.


A Universidade conta com amplos programas de intercâmbio, a todo momento do ano há cerca de 900 alunos Soka em programas no exterior em universidades parceiras. Atualmente são 223 instituições de ensino superior localizadas em 61 países. No Brasil são três: Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade de São Paulo (USP), e a mais recente iniciada este ano, Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Veja a lista completa das parcerias em: https://www.soka.ac.jp/en/admissions/network/list/


O campus conta ainda com atividades anuais voltadas à integração dos alunos internacionais com os demais estudantes e um departamento de orientação. É uma instituição de ensino superior que oferece um grande número de bolsas de estudo (parciais e integrais), tanto para alunos estrangeiros como para japoneses. Isso só é possível devido à excelência conquistada nesse meio século, que a credenciou a obter financiamentos diretos do Ministério da Educação e outros programas voltados às demais demandas como moradia, estágios remunerados etc.


Uma dessas alunas é Melissa de Oliveira Toyoshima, de 21 anos e há três cursa engenharia na Universidade Soka. Nascida num lar budista, desde cedo despertou para os ideais Soka de paz-cultura-educação. Foi esse o principal motivo que a levou ao desafio de todas as circunstâncias para se lançar à aventura de cruzar meio planeta para estudar. “Ingressei na Universidade Soka dia 2 de abril de 2018, como aluna do curso intensivo de língua japonesa, o Bekka”, contou.


Melissa enfatizou que nunca vira algo tão grandioso. A cerimônia de ingresso é um evento que marca a vida de todo estudante Soka. Segundo todos os que dela participaram, trata-se do primeiro impacto positivo e concreto com a Educação Humanística Soka e é por essa razão que tal celebração impacta profundamente cada novo estudante. Findo o Bekka e obtendo a pontuação necessária, o estudante finalmente ingressa no curso escolhido.


A futura engenheira conta que as aulas no Departamento de Ciências e Engenharia para Inovação Sustentável são intensas, cujo grau de dificuldade é todo dia muito desafiador. A barreira do idioma é real o que a mantém concentrada e determinada todo o tempo. “As aulas são bem interessantes, e a partir do segundo ano, pude escolher a grade com um pouco mais de flexibilidade. Então procuro sempre selecionar assuntos com os quais me identifico, que em geral tem a ver com as áreas das ciências exatas e biologia”, explicou.


Com o objetivo de promover o desenvolvimento de mentes criativas e conectadas com os novos desafios mundiais, a Universidade Soka proporciona vivências inesquecíveis. “São inúmeras a experiências intensas vividas aqui na Universidade!”, exclama Melissa. A primeira foi o aprendizado do idioma japonês em um ano, algo totalmente novo para ela embora seja descendente nipônica. Esse primeiro ano de estudos é um desafio imenso e, muitas vezes, o estudante pensa ser intransponível. Porém, todos os que conseguem ultrapassá-lo são unânimes em reconhecer que é um excelente preparativo para os anos que se seguirão. “E o apoio dos colegas japoneses é fundamental para o nosso êxito”, completa.


Em 2019, em seu primeiro ano na faculdade de engenharia, Melissa se lançou à tarefa de abraçar diversos novos desafios, determinada a vivenciar tudo o que a Universidade pode proporcionar, visando seu desenvolvimento enquanto pessoa humana. Foi secretária do grupo Waraku Kanki do Brasil, que é o grupo que representa os estudantes brasileiros e, no segundo semestre de 2019 e, por meio desse, participou ativamente do “International Students Café”, um dos festivais anuais da Universidade Soka. “E foi uma das experiências mais intensas e incríveis da minha vida!”, exclamou.


Melissa fez parte do departamento de fotografia, responsável pelo registro iconográfico do festival. “O grupo era composto por sete meninas: eu, do Brasil, duas da Coreia do Sul, uma da Indonésia, uma da Tailândia, uma de Gana, e uma da Cingapura”, enumera. Por conta dessa composição multifacetada, anualmente, múltiplos olhares e culturas se mesclam na produção desses registros, enriquecendo e diversificando o material coletado. Laços de amizade e confiança são criados e um novo intercâmbio se constrói: a partir da troca intensa de amizade e confiança.


“Depois dessa experiência, decidi que queria me desafiar ainda mais, então me inscrevi para a Associação dos Alunos Estrangeiros, que é responsável em criar eventos onde os alunos estrangeiros possam interagir uns com os outros”, continua Melissa. E, num momento como esse de pandemia, essa agremiação se mostrou ainda mais necessária e relevante. Por meio de eventos e ações pontuais, alunos que se encontram longe de casa, têm um grupo coeso e sinceramente preocupado em protegê-los e proporcionar-lhes conforto.


A cada ação ofertada, como relatou a jovem futura engenheira Melissa, a Universidade Soka demonstra a assertividade de sua proposta. O estudante Soka percebe de forma clara, seu horizonte de mundo se ampliando e se interconectando com as diferentes culturas o que lhe confere uma compreensão maior das questões envolvendo as diferentes nações. E, o estudo propriamente dito, passa a ser mais proveitoso e valoroso a partir dessa nova gama de conhecimento adquirido prazerosamente por meio da troca que só o contato de vida a vida é capaz de garantir. Quando finalmente se gradua, um novo cidadão global emerge, levando em sua bagagem mais do que um simples diploma, mas um imenso conteúdo de conhecimento que em nenhuma outra escola do mundo poderia obter.

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