30 de November de 2015

Verdade, caminho maior para a paz

A transição de um estado opressor para um estado de direito passa necessariamente por um caminho tortuoso, pontilhado de incertezas e angústias. Foi esse o destino escolhido pela jovem Monique Tiezzi den Hartog, de 26 anos, membro da BSGI e vice líder nacional da banda feminina Nova Era.

Monique: jovem humanista dedicada à Cultura de Paz

Desde muito cedo, Monique viveu experiências engrandecedoras em meio aos “jardins da Soka Gakkai”. “Estudava de dia e à noite acompanhava minha mãe aos encontros da BSGI. Ao mesmo tempo percebi empiricamente o quanto aquilo lhe trazia alento, esperança e força, a despeito de todas as dificuldades financeiras que enfrentávamos”, conta. A pequena, doce e delicada Monique que fala sem qualquer sombra de mágoa ou pesar de suas agruras, transforma-se diante dos olhos em uma gigante quando o assunto é sua luta pela justiça. Monique integrou o quadro de voluntários da ONU que ajudou nos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, subseção São Paulo.


“Enveredei por esse caminho por causa das propostas de paz anuais do presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda”, explica Monique. Os ideais humanistas ali impressos tiveram um impacto profundo em sua formação. “Quando li sobre os objetivos do curso de Relações Internacionais, percebi que era isso o que eu desejava fazer: promover a paz por meio de minha atuação profissional!”, exulta.


Foi imbuída deste ideal que Monique candidatou-se, após a graduação, a um posto no programa UN Volunteers (Voluntários das Nações Unidas), por meio do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. “Estava trabalhando no setor privado, mas insatisfeita pois queria mais. Queria fazer parte efetiva de uma mudança social”, enfatiza. Desafio lançado, concentrou-se em promover o seu melhor dentro da BSGI, e sem esquecer seu empenho individual.


“Meu 2014 se iniciou de forma espetacular! No dia 31 de janeiro, conforme havia determinado em meus objetivos, fui aprovada no Programa de Voluntariado da ONU, trabalhando especificamente na Comissão Nacional da Verdade, que foi criada pela Presidência com o objetivo de tratar das graves violações de direitos humanos no período da ditadura no Brasil. Eram dois grandes sonhos se concretizando – de trabalhar na ONU representando os ideais da SGI, e com os direitos humanos, elevando a sociedade a um nível mais alto de consciência humana”, conta.


Porém, ao relatar sua experiência em ter podido extrapolar sua função – inicialmente burocrática – e poder participar de sessões com vítimas e familiares, seu olhar e sua fala mudaram. Era agora a idealista humanista exprimindo sua ânsia por justiça e por mudanças.


 


A formação da humanista e pacifista


Embora tenha crescido em meio às atividades da BSGI, sua vida não estava isenta das intempéries do destino. No ano de 2008, vício e dependência química de seu irmão levaram todos a refletir e renovarem suas decisões de jamais desistir sejam quais forem seus desafios. União harmoniosa e oração em família foram a chave para a mudança. Em 2009, junto com mais de 15 mil jovens, em 3 de maio, reafirmou seu compromisso de ser um agente da paz, cultura e educação. Em 2010, ainda durante a graduação, conseguiu participar de um intercâmbio à França para vivenciar outra cultura e poder aprimorar-se em uma língua estrangeira. Lá pode participar das atividades da SGI e também da banda feminina Kotekitai local.


E, em 2012, sem nunca esmorecer, assim que retornou da França, assumiu uma posição de liderança na BSGI de sua região e uma intensa luta se iniciou. Havia muitas dificuldades de toda ordem, financeira, desarmonia familiar entre outros. Pouco a pouco, fazendo ecoar sua ardente paixão pelo ideal, a organização foi se transformando e uma onda de grande afetividade e união se alastrou por cada núcleo. Na banda feminina, grupo a que dedicara a maior parte de sua vida desde a infância, também vivia dias de muitos desafios. Intensificou sua determinação de jamais desistir. A jovem idealista se destacou e a humanista estava sendo forjada, em meio a toda sorte de adversidades.


Foi dessa forma que o ano de 2014 encontrou-a. Após a aprovação e ingresso no programa da ONU, sua família finalmente encontrou a paz. Inclusive seu irmão que hoje dedica-se às atividades da BSGI com igual vigor e entusiasmo e está empregado, livre da dependência química. “Entendi que eu precisava enxergar seu estado de Buda e respeitá-lo nessa condição para que as coisas mudassem”, exulta novamente. “Quando não há dúvidas e nem medo em nosso coração, somos capazes de enfrentar tudo e vencer! Dessa forma, em meu coração pulsa a forte decisão e disposição ser um agente efetivo da transformação social, agora no mestrado da USP, disseminando a Cultura Soka a todos os colegas e professores. Acredito que o mundo precisa de valores humanos de base filosófica sólida, capazes de vencer em todos os aspectos, sem esmorecer, em favor de uma justiça que traga a paz!”, finaliza Monique.


 

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