A Coordenadoria Educacional da Bahia realiza seu 3º Curso de Aprimoramento – Capri
Educadores Soka da Bahia reunidos em aprimoramento
Momento de encerramento e descontração do Capri
O tema: Expandir as redes que unem as pessoas e as coisas além das diferenças. O 3º Curso de Aprimoramento para Educadores da Bahia aconteceu em Feira de Santana, cidade distante 100 km da capital Salvador, em um domingo: 22 de julho. Contando com cerca de 53 educadores de muitos pontos do estado - Juazeiro, Petrolina, Vitória da Conquista, Porto Seguro, Camaçari, São Felipe, Santo Antônio de Jesus – o evento enfatizou a Educação em Direitos Humanos, preconizada pela proposta de paz de 2018 de Daisaku Ikeda, Rumo à era dos direitos humanos: construindo um movimento popular e em comemoração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O evento teve início às 8h30 com um farto café da manhã, carinhosamente preparado pela organização da BSGI de Feira de Santana. Às 9h30 deu-se a abertura, com a apresentação artística das integrantes do recém fundado setor Oficinarte, que entoaram a canção O homem falou, de Gonzaguinha, que é também a música-tema da Ceduc-BA. O versos “E é pra chegar sabendo que a gente tem o sol na mão / E o brilho das pessoas é bem maior, irá iluminar nossas manhãs / Vamos levar o samba com união, no pique de uma escola campeã...”, foram o motivo para a escolha dessa canção para pautar as ações, animar e motivar os educadores.
Aquecidos pela cadência da canção, o responsável pela Sub-BA, Arlindo Fussuma deu as boas vindas em nome da organização que representa, enfatizando o trabalho impressionante que a Ceduc vem realizando, angariando simpatia e admiração em todos os locais em que atua. Arlindo ressaltou que 100% dos distritos da Sub-BA já têm aulas da Academia Magia da Leitura, projeto maior do Departamento de Educação Humanista Soka, que integra a Coordenadoria Educacional da BSGI.
“Em nossas ações para promover a educação em direitos humanos, a SGI enfatiza o tipo de capacitação e conscientização que restaura a dignidade de todas as pessoas e constrói uma sociedade pluralista e inclusiva”, trecho da proposta de paz de 2018 destacada pelo coordenador Educacional da Bahia, Pio Neto, em sua palestra: O poder da educação em Direitos Humanos. O educador ressaltou o papel do professor humanista que enxerga o aluno como um ser íntegro dotado de qualidades e talentos únicos que cabe a ele fazer com que cada estudante consiga trazer à luz esses predicados em toda sua totalidade.
A escola, como colocou, é o espaço inicial de convivência social, um ambiente planejado para abrigar o ser humano em formação, na sua busca pelo conhecimento.
Sob o tema A arte-educação como instrumento de transformação e desenvolvimento da pessoa humana, a atriz e arte-educadora Ju Colombo ministrou palestra com apoio da também educadora e artista plástica Samara Costa. A arte, segundo Ju, deve ser tratada como atividade cotidiana, um fazer necessário à vida. “É a mais sublime manifestação do espírito humano”, ressaltou. O arte educador humanista deve se posicionar como uma “parabólica”, captando toda e qualquer manifestação artística, sem se importar com a questão estética, mas para o prazer de realizá-la. “O educador que assim procede, captando com amor a arte, é um buda, em toda a sua essência!”.
Citou o fundador da Soka Gakkai, o educador japonês Tsunesaburo Makiguchi, que entendeu o quanto as conexões entre as pessoas são a forma mais forte de construir relações e que esta é parte da natureza humana. Esse conceito foi o norte que o levou a escrever o livro Geografia da vida humana, no começo do século XX.
A manhã se encerrou com um momento de sensibilização por meio de uma contação de história, pela arte educadora baiana Eliane Cesar.
Logo após o almoço a plenária se separou por departamentos/setor para oficinas específicas. E, a partir das 15h30, deu-se a breve reunião de encerramento, aberta pelos responsáveis pelas Academias Magia da Leitura – AML – de cada região do estado. Em cada local, o encantamento. Gente que nunca pensou que fosse capaz de compreender os intrincados encadeamentos de palavras dos livros hoje é um acadêmico orgulhoso de suas conquistas. Por meio das aulas da AML, pessoas de todas as idades descobrem o prazer de estudar e compreender o mundo. As comunidades e blocos da Bahia têm agora outro público: seres empoderados que se entendem como partícipes de sua cidade, bairro, sentem-se capazes para alçar voos mais altos. São comuns hoje os relatos de alunos da AML que decidiram cursar faculdade.
Ao final, todos os participantes entoaram a canção Delírio, de Rafael Rocha, envoltos pela certeza de que o conhecimento e a conexão obtidos se expandirá para além dos limites do estado, para todo o país.
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