Responsabilidade Sócio-ambiental

“O que importa é deixarmos de lado motivos egoísticos,
empenhando-nos para proteger e melhorar não só a nossa vida,
mas também a dos outros. Beneficiando os outros, estamos
beneficiando a nós mesmos.”
(Tsunesaburo Makiguchi)

O poeta da floresta Thiago de Mello escreveu [1] que: “antes dos livros de Lovelock [2], de Al Gore[3] e dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas, Daisaku Ikeda já advertia que o aquecimento da Terra poderia causar a ruína da humanidade. As mudanças climáticas estão no centro de suas grandes preocupações”. Os esforços da SGI em todo o mundo vão além da simples advertência, visam principalmente realizar uma transformação que perpassa fronteiras pois busca conscientizar cada indivíduo quanto à sua responsabilidade na preservação, por meio de ações conscientes e efetivas de criação de valores humanos.

Não se trata de mera falácia preservacionista, tão em voga na atualidade. São ações conscientes, empreendidas todos os dias, por centenas de milhares de pessoas no Brasil, e cerca de 112 milhões em todo o mundo.

Uma história real Uma grande empresa multinacional do ramo de jóias, com sede no Brasil, decidiu implantar um projeto sócio-ambiental em todas as suas filiais. A loja de São Paulo precisava indicar um funcionário para iniciar o projeto e, após analisarem os arquivos pessoais de todo o quadro de colaboradores, a única pessoa que compunha o perfil desejado era E., pois em seu currículo ela descrevia sua participação como voluntária em um projeto de agentes ambientais de uma ONG internacional. Sua chefe chamou-a e informou-lhe que estava sendo indicada para representar o escritório de SP. Um detalhe muito importante nessa história: E. trabalha como faxineira nesta empresa. Logo nas primeiras reuniões ela se destacou pelo empreendedorismo, visão e capacidade de articulação, inclusive propondo planilhas de controle e relatórios de desenvolvimento do projeto. Esse know how aprendido na BSGI fez toda diferença e ela então passou a coordenar o projeto da unidade de SP. E. relatou inclusive que chegou a proferir palestra para a diretoria da empresa, expondo os detalhes do projeto e a importância de haver sincronicidade com a Matriz, citando o pensamento de René Dubos: "Pensar globalmente e agir localmente". Quando se deu conta os diretores a admiravam perplexos. Humilde, mas consciente de sua missão como propagadora da filosofia Soka de Criação de Valores, disse simplesmente: "Os senhores devem estar pensando como pode uma faxineira ter tanto conteúdo? O presidente da SGI, dr.Daisaku Ikeda foi quem me ensinou e estimulou a ser o que sou". Como resultado ela foi entrevistada pela equipe de comunicação da empresa para contar sua trajetória de vida e como ela se interessou por reciclagem e sustentabilidade. Logo após esse episódio, E. foi promovida, deixando o setor de limpeza para outro de maior destaque.

A história de E. não é um fato isolado. É somente uma dentre dezenas de milhares de histórias de vida real, que compõem a trajetória de mais de 60 anos da BSGI.

O conceito de responsabilidade sócio-ambiental surgiu no início do século XX, mas foi somente na década de 1990 é que o tema passou a figurar em pautas de todos os níveis, a partir da divulgação dos resultados das duas primeiras Conferências Mundiais da Indústria sobre gerenciamento ambiental, ocorridas em 1984 e 1991. Mas antes disso, em 1972, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano foi um evento que transformou o meio ambiente em uma questão de relevância crucial para o futuro da humanidade. A partir deste marco, o tema passou a figurar na lista de prioridades em várias agendas nacionais e regionais. Esta conferência também instituiu a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) como “a consciência ambiental do sistema da Organização das Nações Unidas”.

Foi também nessa época que a SGI, defendeu pela primeira vez, a criação de um Conselho de Segurança do Meio Ambiente e a formação de uma Força Mantenedora do Meio Ambiente semelhante à já existente Força Mantenedora da Paz das Nações Unidas. E vem sustentando essa bandeira desde então como uma forma efetiva de assegurar o cumprimento efetivo das medidas propostas posteriormente na Rio-92. Mais localmente, a BSGI, por meio de seus Núcleos de Bairro, fomenta a conscientização de seus associados para a questão e incentiva a efetiva participação em ações sócio-ambientais, como na história de E. narrada acima.

Uma das ações é o grupo de Agentes Ambientais que atua em diversos estados do país ligado ao Núcleo de Cientistas da BSGI. Cada agente atua em suas comunidades em consonância com os projetos ambientais locais, mas focados com o objetivo global de conscientização e preservação de cada pedaço do planeta.

Desenvolver e conscientizar para preservar. Esta é a premissa que a BSGI vem empreendendo pois compreende que se trata de uma necessidade básica para o estabelecimento de uma existência pacífica e plena.

[1] Em artigo escrito especialmente para a revista Terceira Civilização, de setembro de 2009, pág. 41

[2] James Ephraim Lovelock ( 26 de julho de 1919), pesquisador independente e ambientalista inglês. Foi ele quem primeiro sugeriu a hipótese da Terra como um superorganismo vivo, conhecida como Teoria Gaia.

[3] Jornalista, escritor, documentarista e ativista ambiental estadunidense. Recebeu o prêmio Nobel da Paz de 2007, junto com o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU, "pelos seus esforços na construção e disseminação de maior conhecimento sobre as alterações climáticas induzidas pelo homem e por lançar as bases necessárias para inverter tais alterações".

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