30 de October de 2015

Compromisso com a erradicação da miséria

O futuro depende do inadiável compromisso de todos e de cada um para que ninguém mais, inclusive as gerações vindouras, venha a suportar os sofrimentos que nos afligem (Daisaku Ikeda em sua proposta de paz de 2015, Compromisso de todos com um mundo mais humano: acabar com a miséria da Terra)

A palavra miséria deve ser extinta do léxico humano, ou utilizada somente no sentido de tempo passado

Miséria. Está aí uma palavra que ninguém gosta de pronunciar, muito menos, lembrar. Nas grandes cidades, cenas do cotidiano – crianças do farol; moradores de rua dormindo nas calçadas – transeuntes e motoristas passam rápidos sem enxergar, pois a realidade é dura e ninguém pode perder tempo. E, nos rincões deste imenso país, choupanas paupérrimas mal abrigam famílias numerosas onde a única refeição, por vezes, é apenas um prato de farinha com água. A banalização de cenas como estas é um retrato de que há muito a ser feito. O mês de outubro é dedicado à reflexão de um ponto crucial: a erradicação da miséria no mundo.


Foi em 1992 que a ONU instituiu o dia 17 de outubro como o Dia Internacional pela Erradicação da Pobreza, com o objetivo de alertar a população para a necessidade de defender um direito básico de todo ser humano. A erradicação da pobreza e da miséria é um dos oito objetivos de desenvolvimento do milênio, definidos no ano de 2000 por 193 países membros das Nações Unidas e várias organizações internacionais.


 


O Brasil, signatário dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), está próximo dessa meta, com cerca de 3,1% de pessoas vivendo com renda abaixo de US$ 1,25 por dia. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) processados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) apontam que, entre 2001 e 2013, a taxa de extrema pobreza caiu a menos da metade, passando de 8,1% para os atuais 3,1% da população. Mas isso só não basta. Mais do que arrancar a miséria do povo, é preciso extirpar a miséria do ser humano.


 


Em sua proposta de paz de 2015, Compromisso de todos com um mundo mais humano: acabar com a miséria da Terra, o presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda, exorta ao mundo para que os paises atentem para o papel do estado neste processo e convoca a todos para contribuírem com a reumanização da política e da economia.


A palavra ‘política’ é derivada do termo grego politeia que, entre os seus significados indica o papel dos cidadãos dentro do Estado. O termo ‘economia’ vem do grego oikos (casa, lar) + nomos (administração). Portanto, etmologicamente, tem o sentido de “administração da casa”. Hoje o sentido original destas palavras é ignorado, e os principais norteadores das ações políticas e econômicas parecem apenas criar mais sofrimento para aqueles em circunstâncias difíceis.


Outro ponto sugerido por Ikeda é a reação em cadeia do empoderamento. Trata-se de, uma vez empoderadas, as pessoas apropriarem-se da impressionante capacidade de transcender o sofrimento e, a partir deste poder, contagiar todos ao seu redor.


O site da ONU enfatiza que, este ano, a observância do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza acontece no momento em que o mundo embarca num novo e corajoso caminho em direção a um futuro de dignidade para todos, orientado pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.


Salienta que, estimulados pela mobilização global criada em torno dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o mundo tem feito progressos extraordinários na redução da pobreza extrema. Nos últimos 25 anos, mais de um bilhão de pessoas conseguiram sair do limiar da pobreza.


No entanto, esse sucesso não abrange todos. Mais de 900 milhões de pessoas continuam a viver em condições de extrema pobreza, e muitos estão em risco de descer a esse limiar, devido a outro ponto crucial da proposta de paz de Ikeda: os conflitos armados que ainda ocorrem pelo mundo e o risco iminente e constante das armas nucleares.


E ainda, para tanto, o caminho mais seguro para eliminar a ameaça da guerra é cultivar e expandir o poder da amizade entre os povos, construindo um mundo de coexistência pacífica, calcada no sentimento de colaboração mútua em favor da vida e da dignidade humana.


A nossa geração pode ser a primeira a testemunhar um mundo sem pobreza extrema, onde todas as pessoas – não só os poderosos e privilegiados – podem participar e contribuir da mesma maneira, sem discriminação e na medida do seu desejo.


 

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