07 de June de 2023

Coral Uirapuru completa 40 anos

Entoando esperança e alegria com o profundo desejo pela paz perene no planeta

Liderança atual do Coral Uirapuru (da esq. p/ dir.): Alexandre Oliveira, Marcos G. Souza e André M. Santana

Trata-se de um pássaro amazônico cuja lenda diz que seu canto que evoca boa sorte, amor e compaixão. O Coral Uirapuru, composto exclusivamente por vozes masculinas (tenores e baixos), completa em 2023, quatro décadas de vida. Seu lema é Uirapuru, o coral que canta pela paz. E não é mera retórica! Quem já teve o privilégio de ouvir o canto desse coro diferenciado tem exatamente essa sensação. Sua fundação se deu em 4 de junho de 1983.


Segundo os fundadores, o Coral Uirapuru tem como objetivo de, por meio da arte do canto-coral, criar um espaço cultural que venha dinamizar uma melhor relação interpessoal entre os membros do Núcleo Masculino, bem como difundir, no âmbito interno e externo, a imagem institucional da filosofia humanística da dignidade da vida do Budismo Nichiren da Soka Gakkai.


Ao longo de todos esses anos, seus integrantes vêm aprimorando-se como pessoas e como budistas. Praticamente todos são amadores e muito a sério o ditado que diz que quem canta seus males espanta. Em seu 20º aniversário de fundação, o presidente da SGI, dr. Daisaku Ikeda lhes dedicou uma mensagem cujas palavras ecoam até hoje nos corações de seus membros: “Avancem pelo caminho da coragem, da vitória e da Revolução Humana, entoando a melodia da garra e da paixão.”


Três líderes desse grupo contaram um pouco de sua experiência no grupo: Marcos Gomes de Souza, André Mendes Santana e Alexandre Oliveira.


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O técnico em Gestão da Sabesp, Marcos Gomes de Souza, é budista desde a infância e, como ele mesmo disse: “praticamente cresci dentro do budismo”. O que levou sua família a se converter foram as diversas dificuldades, financeira e de doença. Seus pais migraram do nordeste e quando as economias chegavam ao fim, começou a discórdia. Sua mãe, diante do desemprego do marido, começou a bordar e oferecer seus serviços pela vizinhança. Foi quando conheceu uma senhora que a incentivou a orar o mantra, garantindo que “sua vida mudará por completo”. Esse foi o início de uma transformação impressionante. O garoto Marcos, intuitivamente, foi se enturmando, desde o grupo infantil até os grupos jovens, como Taiyo Ongakutai, Sokahan, Gajokai e hoje, mais maduro, no Coral Uirapuru.


Hoje casado com Edileuza, é pai de Vinícius de 25 e Guilherme de 20. Este último ele considera como uma de suas maiores comprovações da prática budista. “Quando o Guilherme nasceu percebemos que tinha dificuldade até para engatinhar, na realidade, ele se arrastava entre os cômodos da casa até quase seus dois anos”, contou Marcos.


As visitas aos médicos foram constantes mas ninguém chegava a qualquer diagnóstico. Diante do quadro, o casal se uniu em oração ainda mais intensa, com o objetivo de comemorarem o segundo aniversário natalício com o caçula andando e falando alguma coisa. “Faltando então 15 dias para os dois anos do Guilherme, ele levantou na sala da casa e foi até a cozinha puxar o avental da minha esposa que levou um grande susto [risos] e, sorria como quem agradecia à mãe pelo incansável esforço de orar intensamente por sua saúde e desenvolvimento. Depois daí só foi choradeira de alegria”, emocionou-se.


Seu ingresso no grupo se deu pelas mãos do pai e irmão que já participavam do Uirapuru. Mas principalmente devido o câncer do irmão Arlindo em 2017, falecendo pouco tempo depois. Sua entrada no grupo em 2018 foi uma homenagem ao irmão e, segundo ele, uma de suas mais acertadas decisões. “Meu pai, aos 87 anos, é um exemplo para todo o Coral!”. O luto vivido pela perda irreparável foi transformado em força graças ao apoio incondicional dos companheiros do Uirapuru. “Sinto que, em todos ensaios e nas apresentações, estamos representando-o também”.


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“Meu relato de vida é marcado pela transformação obtida por meio da prática budista, tanto financeira como profissional”, contou André Mendes Santana, que atua como coordenador de Operações. André sentiu que renasceu aos 22 anos quando, vitimado por uma tentativa de assalto e foi atingido por um tiro. A bala ficou alojada em seu peito, mas em cerca de um mês pode retornar ao trabalho. “Este ano completaram-se 20 anos deste fato que mudou toda a minha vida quando jovem. Tive muita boa sorte da prática, pois construí a base da boa sorte por meio de meu empenho ao longo de 23 anos no Taiyo Ongakutai; dois anos no Ohrinkai e atuação na liderança nacional do Núcleo Jovem da BSGI de 2012 a 2018”, explicou.


Seu ingresso no Uirapuru se deu por intermédio de dois dos líderes do Núcleo Masculino que o instigaram ajudar a liderar e proteger o grupo. Isso aconteceu em 2019. “Aos poucos fui entendendo o espírito e missão do grupo ao participar dos ensaios. O que me marcou neste pouco tempo é a sinceridade dos membros, já maduros, alguns da terceira idade outros bem próximos dela. Mesmo aos 70, 80 anos, não faltam aos encontros todas as semanas, enfrentam diversas questões de saúde ou mesmo financeira, algumas bem sérias e, mesmo assim, chegam sorrindo, felizes. São exemplos para todos por meio de sua postura irretocável!”, exclamou André.


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Para o escrevente técnico judiciário e músico, Alexandre Oliveira, seu ingresso no Uirapuru foi obra de seus companheiros que já integravam o coro. Tio e irmão eram integrantes e, este último, o fez no dia do aniversário de seu pai, fato que o comoveu profundamente. “Achei muito místico e decidi fazer parte do grupo na semana seguinte”, contou. Quando jovem foi membro da banda Taiyo Ongakutai muitos dos antigos companheiros desse grupo o recepcionaram no Coral.


Tornou-se budista aos 10 anos, levado por seus pais que, por sua vez, foram apresentados pela tia, irmã de sua mãe que sofria de depressão e constantemente tinha pensamentos de morte. Buscou alento em diversas religiões, sem sucesso. Porém, ao iniciar a prática da oração do mantra budista, mudou. Uma das primeiras comprovações se deu quando da aprovação de seu pai num concurso público bastante concorrido. Esse foi o estopim da transformação de suas vidas. “Superamos várias fases da vida, como dificuldades financeiras, harmonia familiar e outras oportunidades que se converteram em vitória!”, exultou Alexandre.


Após muito tempo formado em educação artística, com ênfase em música, Alexandre decidiu realizar uma pós-graduação. Isso foi em 2016 que, devido ao tempo de estudo, demorou um bom tempo para concluir, mas venceu.


“Em 2018, trabalhava num cargo em comissão, supervisor de serviço, porém em maio, houve reestruturação e voltei à função efetiva”, explicou. Naquele mesmo ano de 2018 foi ao Japão pela segunda vez, renovar sua decisão de vida de dedicar-se à missão de disseminar a paz no mundo por meio de sua prática budista junto à Soka Gakkai do Brasil. E, emocionou-se ao ter a oportunidade de representar seu amado Coral Uirapuru, família e companheiros de sua localidade.


 


Principais apresentações nesses 40 anos:


Todas as apresentações realizadas no Centro Cultural da BSGI, na Liberdade, em São Paulo; no Centro Cultural Campestre, em Itavepi-SP; no Palácio Memorial da Paz Eterna, também em Itapevi-SP ; em outras Sedes Regionais e sede particulares.


Externas: Palácio das Convenções do Anhembi, Memorial da América Latina, CEUs, Câmaras Municipais: de Diadema, de Mauá, de Alumínio, de São Vicente entre muitas outras cidades.


 


Notas:


Taiyo Ongakutai é a banda musical marcial do Núcleo Masculino Jovem da BSGI.


 Sokahan é o grupo de jovens rapazes que atua na segurança e logística dos eventos internos e externos da BSGI.


 Gajokai é o grupo de jovens rapazes que atua na proteção dos prédios da BSGI (sedes regionais, centros culturais etc).


 Ohrinkai é outro grupo composto por integrantes masculinos, não tão jovens, que atua também na proteção dos prédios da BSGI.

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